sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Retorno PARTE I

Ai que saudades de alimentar esse meu Blog! Muitas coisas foram feitas, poucas fotos, mas acima de tudo, saudades de lidar com a comida desta forma próxima, atenta aos detalhes que serão escritos, descritos, mostrados.

Como um bom retorno, escolhi algo que nem é produção minha e sim do Chef Alemão Heiko Grabolle. Um fera que se comunica super bem! O blog dele é muito dinâmico e segue esse post copiado inteiro:

Dicas para apresentações de pratos

A arte da culinária tem como objetivo o belo. No caso, porém, trata-se do "belo para comer", ou seja, aquilo que é gostoso. Não se confunda com o belo estético que é para ver, o bonito. Há coisas que fazemos com açúcar, por exemplo, que são apenas esculturas. Não é disso de que se trata. Abordaremos o gosto, o sabor.

Foto tirado no concurso de Worldskills em Calgary/Canada 2009

Comemos com os olhos. A ciência provou que os nossos sentidos como o visual e o olfato influenciam muito a preparação da digestão.

Cada cor ou figura no prato dá uma informação para nosso corpo. A gente sabe quando ve um ovo o que tem por dentro. È uma linguagem secreta dos instintos.

Aí algumas dicas para a apresentações de pratos:

Clareza – Quanto menos, melhor é! O olho define o prato. Sem perceber já existiu uma analise na cabeça o que tem para comer. As vezes o chef quer decorar o prato mas esquece que o olho se confunde com muitas cores e estruturas num pratos só. O olho precisar ter possibilidade de ler um prato. Deixe o prato visível e não esconda as técnicas usadas na produção. (Não cubra tudo com molho! – aproveite o molho para acompanhar não para dominar o prato)

Altura – Você pode escolher morar no segundo andar ou na cobertura. Qual é a sua escolha? A maioria vai escolher, cobertura. Um instinto antigo de proteção e poder. Deixe seu prato crescer, às vezes com uma simplicidade de dois ramos de cebolinha.

Limpeza – O olho é um sensor muito sensível. Qualquer sujeira (como por exemplo, gordura espalhada nas bordas que brilha na luz da lâmpada, molho talhado ou objetos movimentados no prato) confunde a clareza e o efeito desejado perde muito.

No mercado hoje, o chef precisa treinar e se atualizar de tempos em tempos. Revistas da área, workshops ou televisão são importantes para conhecer o interesse do público. Igual na moda. O chef precisa bastante sensibilidade na finalização dos pratos.

Tem mais dicas sobre apresentações no próximo post,

bons estudos, chef alemão Heiko Grabolle.

Um comentário:

  1. Oi Moema, foi um grande prazer de conhecer. Infelizmente não tinha muito tempo para conversar mas vamos nos reencontrar outra vez.
    Grande abraço,
    Chef alemão Heiko

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