domingo, 19 de setembro de 2010

nhoque de batata assada ao molho de gorgonzola, damasco e nozes


Essa receita é bem trabalhosa, mas gera o pensamento: o esforço compensa!

Quem criou foi o Alessander Guerra, do Cuecas na Cozinha. Essa foi a obra dele para o livro de receitas do filme "Estômago". Ainda quero fazer todas as receitas do livro! Tá no início do livro, é a primeira receita! Vale a pena conferir o texto do Alessander, engraçadíssimo!

O livro inteiro você pode baixar aqui! Vale muito a pena! E se não assistiu ao filme ainda, corre, porque é demais!




Mas vamos ao Nhoque.

Nem me darei ao trabalho de digitar a receita, vou copiá-la e apenas fazer minhas observações.
A primeira: tem alguns sites que não deram o crédito da receita! Que feio!

Ingredientes
Nhoque
- 2 kg de batata rosada ou roxa, elas têm menos água
- 400 g de farinha de trigo (pode ir menos, depende do ponto da massa!)
- 100 g de queijo ralado (não valem os de saquinho)
- 1 colher (sopa) de manteiga
- 6 ramos de alecrim
- 5 dentes de alho picados
- 2 ovos
- Azeite extravirgem
- Sal a gosto
Molho
- 1 kg de nhoque
- 200 ml de creme de leite fresco
- 250 g de queijo gorgonzola
- 100 g de damasco picado
- Queijo parmesão para ralar em cima
- Nozes picadas e damascos para decorar


Modo de preparo


Nhoque

Pegue as batatas, descasque, lave, seque e corte-as em quatro partes.

Numa assadeira grande refogue o alho no azeite, com o sal e o alecrim.

Começou a levantar um aroma delicioso, espalhe as batatas e dê uma mexidona.

Leve para o forno alto por 40 minutos ou até as batatas assarem. Ponha uma panela de água para ferver (onde o nhoque será pré-cozido depois). Numa vasilha, esprema as batatas ainda mornas.
Despeje sobre elas todo o líquido da assadeira, os ovos, a manteiga e o queijo ralado.

Misture tudo e comece a acrescentar a farinha de trigo. Quando ficar firme, de forma que se possa fazer os rolinhos, está no ponto. Faça os rolinhos de massa em cima de uma base enfarinhada e corte os nhoques em fatias de 1 cm. Ponha os nhoques com cuidado na água que já está fervendo. Rapidinho eles vão subir. Retire, dê um banho de água fria e coloque em uma vasilha com um pouquinho de óleo, para os nhoques não grudarem.
Molho
O molho deve ser feito bem na hora de servir, com os nhoques já cozidos! Fica mais saboroso e mantém a textura do damasco.
Numa panela que caiba tudo, desmanche o gorgonzola, até o queijo derreter bem e começar a pegar no fundo. Misture o damasco e o creme de leite e deixe dar uma leve aquecida. Despeje, com cuidado, os nhoques e misture geral. Quando os nhoques estiverem quentes, rale um bocado generoso do parmesão e sirva. Coloque os nhoques nos pratos e decore com nozes picadas e damascos.

Pode ver que chegou um ponto em que parei com as fotos! Na próxima vez que fizer acrescento as demais etapas!
Fiz escalope de filét mignon para acompanhar.



sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Retorno PARTE I

Ai que saudades de alimentar esse meu Blog! Muitas coisas foram feitas, poucas fotos, mas acima de tudo, saudades de lidar com a comida desta forma próxima, atenta aos detalhes que serão escritos, descritos, mostrados.

Como um bom retorno, escolhi algo que nem é produção minha e sim do Chef Alemão Heiko Grabolle. Um fera que se comunica super bem! O blog dele é muito dinâmico e segue esse post copiado inteiro:

Dicas para apresentações de pratos

A arte da culinária tem como objetivo o belo. No caso, porém, trata-se do "belo para comer", ou seja, aquilo que é gostoso. Não se confunda com o belo estético que é para ver, o bonito. Há coisas que fazemos com açúcar, por exemplo, que são apenas esculturas. Não é disso de que se trata. Abordaremos o gosto, o sabor.

Foto tirado no concurso de Worldskills em Calgary/Canada 2009

Comemos com os olhos. A ciência provou que os nossos sentidos como o visual e o olfato influenciam muito a preparação da digestão.

Cada cor ou figura no prato dá uma informação para nosso corpo. A gente sabe quando ve um ovo o que tem por dentro. È uma linguagem secreta dos instintos.

Aí algumas dicas para a apresentações de pratos:

Clareza – Quanto menos, melhor é! O olho define o prato. Sem perceber já existiu uma analise na cabeça o que tem para comer. As vezes o chef quer decorar o prato mas esquece que o olho se confunde com muitas cores e estruturas num pratos só. O olho precisar ter possibilidade de ler um prato. Deixe o prato visível e não esconda as técnicas usadas na produção. (Não cubra tudo com molho! – aproveite o molho para acompanhar não para dominar o prato)

Altura – Você pode escolher morar no segundo andar ou na cobertura. Qual é a sua escolha? A maioria vai escolher, cobertura. Um instinto antigo de proteção e poder. Deixe seu prato crescer, às vezes com uma simplicidade de dois ramos de cebolinha.

Limpeza – O olho é um sensor muito sensível. Qualquer sujeira (como por exemplo, gordura espalhada nas bordas que brilha na luz da lâmpada, molho talhado ou objetos movimentados no prato) confunde a clareza e o efeito desejado perde muito.

No mercado hoje, o chef precisa treinar e se atualizar de tempos em tempos. Revistas da área, workshops ou televisão são importantes para conhecer o interesse do público. Igual na moda. O chef precisa bastante sensibilidade na finalização dos pratos.

Tem mais dicas sobre apresentações no próximo post,

bons estudos, chef alemão Heiko Grabolle.