sexta-feira, 23 de abril de 2010

Berbigão

Ontem descobri o come-se. Um blog que amplia o conceito de blog de culinária, gastronomia, receitas...

Com posts ricos em pesquisas e informações que fogem do básico. Quem conheçe o Cruá ou o Bacuri? E uma receita com pincel de estudante? Aquela florzinha vermelha que dá em tudo que é canto?

Puxando a sardinha para mais perto de mim, ou melhor o berbigão, encontrei um post falando sobre o movimento Slow Food® Brasil e o Projeto Arca do Gosto, um acervo com alguns "ingredientes" bem típicos e regionais, e com a possibilidade de ser ampliado, claro.


Conheci o berbigão comendo o clássico pastel de berbigão, que é uma delícia! Foi interessante ver essa abordagem sobre este ingrediente tão pouco valorizado!

Vou reproduzir aqui o post do COME-SE:

Berbigão, um molusco na Arca do Gosto

Estes berbigões de Santa Catarina foram servidos durante a apresentação dos alimentos da Arca do Gosto, no Terra Madre. Deliciosos, como sempre. Já os pratos abaixo, comi durante a visita da Comissão da Arca do Gosto à Florianópolis, para conhecer de perto o habitat do molusco e os problemas enfrentados pelos extrativistas locais, como Seu Aristides, que dependem do molusco como alimento e da renda gerada por ele, mas se vêem explorados por atravessadores que pagam pouco pelo produto limpo, e ainda tiveram que lidar com a diminuição da reserva reprodutiva por causa da extração desordenada e a quase eliminação do estoque, a partir de 1995, quando passou por ali, aterrando grande parte do baixio, a Via Expresso Sul, que alterou toda a biodiversidade do mangue e a organização dos extrativistas, mesmo sendo ali uma Resex. A Resex Marinha do Pirajubaé, primeira reserva marinha do Brasil, foi criada em 1992 na baía sul da Ilha de Santa Catarina, com o objetivo de conservar o estuário do Rio Tavares, onde se concentra a extração do molusco e garantir o desenvolvimento sócio-econômico dos extrativistas tradicionais, e isto foi fundamental para o manejo sustentável do berbigão - mas não impediu os estragos da rodovia.
Também chamado de vôngole, marisco-da-areia, maçunim, papa-fumo, pedrinha, samanguaiá, sarro-de-peito, sarro-de-pito e simongóia, em Santa Catarina todos os conhecem mesmo é por berbigão. Em Portugal, os berbigões que vi são diferentes; já as ameijoas-brancas são mais parecidas com estes nossos berbigões de nome Anomalocardia brasiliana, da família dos Verenidae. Eles estão distribuídos ao longo da costa do Brasil e já foram abundantes no litoral de Santa Catarina, fazendo parte do hábito culinário local. Comem fitoplâncton ou microalgas e zooplâncton, além de outras matérias orgânicas em suspensão e com um ano já são considerados adultos e podem ser coletados, mas o ideal é que atinjam 3 ou 4 anos para garantir reprodução. A coleta artesanal é feita com rastéu ou gancho - tipo de ancinho, meio gaiola, que vai até o fundo do terreno lodoso da praia e é arrastado trazendo apenas os moluscos de tamanho pré-determinado (a gaiola não pode ter espaçamento menor que 1,3 centímetro, mas o tamanho ideal é de 2 centímetros). Uma das determinações da Resex é que cada família colete no máximo 9 latas de 18 litros. Considerando que cada lata rende quase 1,5 kg de molusco limpo, que dá um trabalhão danado para limpar, depurar para tirar o gosto de terra, fumo ou "travor", cozinhar e descascar, e que o atravessador paga só R$ 4,00 por quilo, calcule quanto sobra para cada família! Por tudo isto, é que entrou para a Arca do Gosto.
Quem quiser comprar berbigão destes extrativistas (mas, por favor, hem, não vá querer pagar preço de atravessador), entre em contato com: Ubiratan Farias, dono e chefe do Restaurante Villa Açor - Telefone: (48) 32599091 e (48) 99971072,
email: tam_farias@yahoo.com.br
Marcos José de Abreu, Coordenador Urbano do CEPAGRO - Centro de Estudos e Promoção da Agricultura de Grupo - Telefone: (48) 3334 3176, email: marcos@cepagro.org.br
E agora, o vídeo do Ubiratan e Seu Aristides falando no Terra Madre Brasil 2010:







Obrigada Neide Rigo! Não só por esta postagem! Por todo conteúdo rico que você disponibiliza no Come-se!

Créditos: as fotos, vídeos e o texto foram retiradas do Come-se

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Rabada Bêbada


Não é só a rabada que está bêbada! Minhas panelas não ficam de ressaca porque são boas!
Ontem à noite fiz para o jantar uma Picanha ao molho de cerveja preta e bacon! Receitinha boa tirada do Mesapra1 que a galera fez no dia de comemoração de São Patrício. Na verdade a receita é do Cozinha Pequena.

Não sei se minha picanha estava magra ou se de fato acho que a receita vai bem com uma maminha, ou outra carne mesmo. Achei meio "desperdício" fazer com picanha, apesar de ter ficado bom. A sensação é de que outras carnes mais em conta funcionariam bem! Comemos com uma massa italiana San Frediano - Pappardelli nº 1-35.
Mais que honesta. O pacote de 500g custa uns 7 reais.

Bom, mas voltando a rabada...

Hoje é feriado e quem me conheçe sabe que não é um feriado que eu desfrute alegremente. Pra piorar amanheçeu ventando e em seguida invernou, com chuva fina e friozinho.

Pensei cá com meus botões: Chegou a vez da rabada! Será um bom consolo!

Ingredientes:

1 rabada já limpa
2 cebolas médias picadas grosseiramente
umas 4 colheres de sopa de azeite (eu usei a gordura da carne de ontem, que depois de resfriada ficou fácil de ir retirando com uma colher)
1 caldo de costela (sim, vou cometer esse pecado)
2 copos de vinho tinto - eu só tinha um frisante e foi ele mesmo
1 lata de cerveja pilsen
- 1 colher de molho de mostarda
- 1 colher de catchup


Modo de preparo:

Aqueça a panela de pressão, acrescente o azeite (ou a gordura de carne) e logo em seguida coloque as cebolas picadas. Não mexa muito, mas deixe a cebola dar uma leve murchada.
Frite de 4 em 4 ou no máximo 5 os pedaços da rabada até que fiquem bem dourados. Vá retirando e reservando até que todos tenham sido selados e já estejam bem dourados.

Volte com todos para a panela, acrescente o vinho, o caldo de costela (ainda não acredito que recorri a isso!), a cerveja.

Feche a panea de pressão e quando começar a chiar abaixe o fogo.

Muita gente tem medo de panela de pressão, mas eu inclusive tenho mania de dar umas sacodidinhas nela para evitar que a carne grude no fundo e queime.

Depois de uns 1 hora desligue o fogo, espere a pressão baixar, acrescente o tomate pelatti, dê uma conferida se a carne já está soltando do osso. Volte com a panela para o fogo, tampe e depois que chiar abaixe o fogo e cozinhe por mais 1h e meia.

No final é só ver se a carne está macia e voltar colocar ela no fogo por mais uns 15 minutos, mas sem tampar.

O importante é sempre finalizar carnes feitas na panela de pressão com pelo menos 10 minutos de fogo com a panela destampada. Minha mãe que me ensinou isso, e em matéria de cozinha eu simplesmente acato suas recomendações! Ela tem a mão cheíssima!

Depois de pensar que está pronto, basta retirar a gordura de cima com uma concha. Essa gordura pode ser usada no futuro! O ideal mesmo é levar a panela para a geladeira para formar aquela camada e então retirá-la.

Aí sim pode servir com uma boa massa, um pãozinho, uma farofa, arroz, enfim... vai com tudo!

Olhei pra minha super prateleira de condimentos e decidi não usar mais caldo pronto! hehehe

terça-feira, 20 de abril de 2010

eñe restaurante, um dia eu chego lá



Hoje fui parar (e não consigo sair) no site do EÑE restaurante, que tem casa em SP e RJ.
Cheguei através de um Tartar de Atum que em breve prepararei e fiquei viajando nos vídeos.
Com todo respeito, o Chef Javier Torres é uma coisa bem linda, e aí não bastasse, de vídeo em vídeo, de descoberta em descoberta aparece uma cópia dele! O Chef Sergio Torres.
São irmão gêmeos, espanhóis que acá estão com a proposta da "nueva cocina española".

Nos vídeos têm receitas bem interessantes e super explicadas, vale muito a pena conferir.

Assim que eu executar qualquer uma delas estará aqui também!

São Paulo ou Rio...

Um dia eu chego lá, de verdade!